terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um excelente texto de Leonardo Boff para este Natal

O materialismo do Papai Noel e a espiritualidade do Menino Jesus

21/12/2013
Um dia, o Filho de Deus quis saber como andavam as crianças que outrora, quando andou entre nós,“as tocaca e as abençoava” e que dissera:”deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino de Deus”(Lucas 18, 15-16).
À semelhança dos mitos antigos, montou num raio celeste e chegou à Terra, umas semanas antes do Natal. Assumiu a forma de um gari que limpava as ruas. Assim podia ver melhor os passantes, as lojas todas iluminadas e cheias de objetos embrulhados para presentes e principalmente seus irmãos e irmãs menores que perambulavam por aí, mal vestidos e muitos com forme, pedindo esmolas. Entristeceu-se sobremaneira, porque verificou que quase ninguém seguira as palavras que deixou ditas:”quem receber qualquer uma destas crianças em meu nome é a mim que recebe”(Marcos 9,37).
E viu também que já ninguém falava do Menino Jesus que vinha, escondido, trazer na noite de Natal, presentes para todas as crianças. O seu lugar foi ocupado por um velhinho bonachão, vestido de vermelho com um saco às costas e com longas barbas que toda hora grita bobamente:”Oh, Oh, Oh…olhem o Papai Noel aqui”. Sim, pelas ruas e dentro das grandes lojas lá estava ele, abraçando crianças e tirando do saco presentes que os pais os haviam comprado e colocado lá dentro. Diz-se que  veio de longe, da Finlândia, montado num trenó puxado por renas. As pessoas haviam esquecido de outro velhinho, este verdadeiramente bom: São Nicolau. De família rica, dava pelo Natal presentes às crianças pobres dizendo que era o Menino Jesus que lhes estava enviando. Disso tudo ninguem falava. Só se falava do Papai Noel, inventado há mais de cem anos.
Tão triste como ver crianças abandonadas nas ruas, foi perceber como elas eram enganadas, seduzidas pelas luzes e pelo brilho dos presentes, dos brinquedos e de mil outros objetos que os pais e as mães costumam comprar como presentes para serem distribuidos por ocasião da ceia do Natal.
Propagandas se gritam em voz alta, muitas enganosas, suscitando o desejo nas crianças que depois correm para os pais, suplicando-lhes para que comprem o que viram. O Menino Jesus travestido de gari, deu-se conta de que aquilo que os anjos cantaram de noite pelos campos de Belém”eis que vos anuncio uma alegria para todo o povo porque nasceu-vos hoje um Salvador…glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa-vontade”(Lucas 2, 10-14) não significava mais nada. O amor tinham sido substituído pelos objetos e a jovialidade de Deus que se fez criança, tinha desaparecido em nome do prazer de consumir.
Triste, tomou outro raio celeste e antes de voltar ao céu deixou escrita uma cartinha para as crianças. Foi encontrada debaixo da porta das casas e especialmente dos casebres dos morros da cidade, chamadas de favelas. Ai o Menino Jesus escreveu:

Meus queridos irmãozinhos e irmãzinhas,

Se vocês olhando o presépio e virem lá o Menino Jesus e se encherem de fé de que ele é o Filho de Deus Pai  que se fez um menino, menino qual um de nós e que Ele é o Deus-irmão que está sempre conosco,

Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente nos pobrezinhos, a presenca escondida do Menino Jesus nascendo dentro deles.

Se vocês fizerem renascer a criança escondida no seus pais e nas pessoas adultas para que surja nelas o amor, a ternura, o carinho, o cuidado e a amizade  no lugar de muitos presentes.

Se vocês ao olharem para o presépio descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e se decidirem já agora, quando grandes, mudar estas coisas para que nunca mais haja crianças chorando de fome e de frio,

Se vocês repararem nos três reis magos com os presentes para o Menino Jesus e pensarem que até os reis, os grandes deste mundo e os sábios reconheceram a grandeza escondida desse pequeno Menino que choraminga em cima das palhinhas,

Se vocês, ao verem no presépio todos aqueles animais, como as ovelhas, o boi e a vaquinha pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela Menino Jesus e que todos, galáxias, estrelas, sois, a Terra  e outros seres da natureza e nós mesmos formamos a grande Casa de Deus,

Se vocês olharem para o alto e virem a astrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma Estrela como a de Belém sobre vocês,  iluminando-os e mostrando-lhes os melhores caminhos,

Se vocês  aguçarem bem os ouvidos e escutarem a partir dos sentidos interiores, uma música celestial como aquela dos anjos nos campos de Belém que anunciavam paz na terra,

Então saibam que sou eu, o Menino Jesus, que  está chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, à Casa do Pai e Mãe de infinita bondade para sermos juntos eternamente felizes como uma grande família reunida.

                                    Belém, 25 de dezembro do ano 1.

                                    Assinado: Menino Jesus

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Depois de quase mais de dois anos, resolvi retomar meu blog e fazer o que mais gosto: reflexão... Não sou dono da verdade, nem quero sê-lo... Quero pensar e fazer pensar, e como retomada deixo um texto legal para se refletir,

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Há alguns anos, a Universidade de Stanford (EUA), realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor, abandonadas na via pública. Uma no Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranqüila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

Mas a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os pesquisadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso ?Evidentemente, não é devido à pobreza, é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras. Induz ao “vale-tudo”.Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Baseados nessa experiência, foi desenvolvida a 'Teoria das Janelas Partidas', que conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar com o sinal vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parq ues e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas, estes mesmos espaços são progressivamente ocupados pelos delinqüentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: lixo jogado no chão das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O re sultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinqüente, pois aos dos abusos de autoridade da polícia deve-se também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na rua onde vivemos. A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras.

Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corru pção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

Reflita sobre isso !

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Rude cruz

"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. [...] mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos". (1Cor 1.18;23).
Paulo nos deixa uma clara declaração do que representa a Cruz: loucura para uns, vergonha para outros, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus, manifestação do imenso amor de Deus, que através do sacrifício de Seu Filho, nos resgatou do pecado e da morte, nos justificou, nos transformou, e nos acolheu em Seu coração.
Através dessa simples e pessoal confissão de fé, crido e aprendido em minha caminhada cristã, resumo das verdades bíblicas, fico a pensar: por que nega-se tanto a Cruz de Cristo? E o pior, no contexto cristão, onde todos foram resgatados por ela...
Cruz envolve sacrifício, dor, renúncia, perdas, sofrimento... Em nosso contexto pós-moderno, com um forte apelo hedonista, a mensagem da Cruz tem sido cada vez mais abandonada por um discurso triunfalista, de conquistas a qualquer e a todo custo. Manipula-se Deus... Exige-se respostas... Determina-se vitórias para satisfação de nossos mais íntimos desejos de conforto e bem-estar...
Mas, olho para Jesus, ali pendurado no madeiro, naquela rude cruz, e penso... Onde estava seu prazer? Onde estava a satisfação de seus desejos mais íntimos? Onde estava as conquistas que Ele ansiava para obter mais bens e poder?... Uma unica coisa Lhe passava à mente entorpecida pela causticante dor: a humanidade pecadora... você e eu... Sua conquista: nossa salvação... Seu prazer: nossa liberdade... Sua ânsia: abrir o Céu para todos... Sua conquista: nossa morada eterna (Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.(Jo 14.2)).
Cruz representa dor, a dor nossa de cada dia, nossas renúncias, nossas lutas, nossos medos, nossos fracassos. É triste ver um cristianismo sem Cruz, pois assim sendo é um cristianismo sem esperança, sem vitória, apenas para esta vida, pois "se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1Cor 15.19). Cruz representa fracasso, mas não o fim, e sim o começo de uma nova história.
A Cruz também nos lembra de nossa condição, do preço de nosso pecado, outra coisa também esquecida nesse cristianismo desprovido de Cruz. Lembra-nos que não somos o centro do universo, de que não somos criadores de Deus, mas sim suas criaturas, pois Ele mesmo despojou-se de Sua condição, como nos diz Paulo:"sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."(Fp 2.6-8).
Por fim, sem a Cruz não haveria Ressurreição, que é a verdadeira vitória, pois, nestes dias de luta, dor, decepções e frustrações, nada melhor que olhar para o Autor e Consumador de nossa fé e ver que a vida, apesar de tudo, vale a pena ser vivida.
Não dá para ser genuinamente cristão, no real sentido da palavra, sem a Cruz!
Sim , eu amo a mensagem da Cruz!

Por onde caminhas, juventude?


"Por onde caminhas, juventude? E o que buscas nas cordas da guitarra? Será que a paz está dissolvida, ou será que é a vida, que nada mais narra?" Esse era o refrão de uma canção que ouvi e guardei em minha mente e meu coração nos anos 1990, no auge de minha juventude, época em que participava de festivais de música católica na região que morava, num dos quais esta canção foi uma das vencedoras. Sua letra é bem interessante, e por esses dias lembrava-me dela, e pareceu-me uma voz profética daquilo que começava a acontecer naqueles dias, bem como uma previsão de nossa situação atual.
Tenho a oportunidade de, em razão de minha profissão, ver jovens e crianças, todos os dias... Entristeço-me ao ver uma geração tão apática, sem sonhos, sem ideais, sem lutas, sem objetivos, sem valores... Sem querer ser saudosista ou melancólico, sinto saudades de meus tempos de juventude, em que tudo que vemos hoje já existia... Drogas, promiscuidade, miséria... mas a juventude ainda tinha uma força, contestava, lutava, não se conformava.
Pode ser que eu esteja um tanto quanto enganado, mas o que hoje vejo na juventude é a morte dos sonhos, dos grandes ideais, dos objetivos de vida, que envolvia a construção de um mundo melhor... Nos acomodamos à tecnologia, deixamo-nos dominar pela máquina devoradora de consciências que é a mídia, e adoramos os fúteis ídolos que ela nos impõe, e deixamos nossos jovens à mercê desses ídolos, que moldam suas mentes a seu bel prazer, tirando a coisa mais maravilhosa que Deus nos concedeu: a liberdade. Juventude livre em sua consciência é uma força que ninguém pode segurar; poderia citar aqui centenas e até milhares de exemplos disso.
Mas, o que está acontecendo? Por que nossa juventude tem sido tão manipulada? Por que adultos, de minha geração, tem permanecido calados, apáticos e omissos com tudo isso? Por que deixamos nos dominar pelo espírito de acomodação, deitados em berço esplêndido, culpando animadores de palco que nós mesmos elegemos para nos representar nas instâncias mais superiores do sistema democrático, e que ganham pomposos salários para mal representarem nossos interesses e fazer de tudo pelos deles?
Lembro-me quando aprovou a lei que garantia o direito de voto aos 16 anos... Eu tinha 15, faltava poucos meses para fazer 16, e não pude fazer meu título eleitoral... Fiquei frustrado, mas prometi a mim mesmo que assim que o fizesse, faria o melhor pelo meu país... Creio que muitos pensaram assim... E hoje assistimos calados à falência dos valores, da decência, da moral, das virtudes, do ser humano... Por onde caminhamos? Por que tomamos esse caminho tão tenebroso?
Por sermos adultos, costumamos culpar os mais velhos e os mais jovens que nós pelas mazelas da vida... Mas vamos assumir nossa culpa, bater no peito com pesar e dor, nos contristar, e por fim nos convertermos, mudar nossas atitudes, enquanto o Rei não vem, pois logo, bem em breve, pode ser tarde, e o choro ser eterno...
Pergunto para mim e para você, jovem de hoje e jovem de ontem, de minha geração, e daquelas que me antecederam: Por onde caminhas, juventude?... Será que a paz está dissolvida, ou será que é a vida, que nada mais narra?"
Onde estão nossos sonhos? Ideais? Virtudes? Onde está nossa voz profética? Será que a comodidade nos calou? Ou nos curvamos aos ídolos da pós-modernidade?
Pense nisso, e tome uma atitude...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

BBB 11 e o caos brasileiro de cada dia

Ontem me aventurei a perder meu precioso tempo para assistir à mais fútil e pobre programação da televisão brasileira: o Big Brother Brasil 11, um desfile de criaturas, obras do Criador, que nem sequer sabem que o são e na trivialidade, banalidade e bacanalidade buscam um prêmio invejado por qualquer um de nós. Ganhar um prêmio enorme fazendo o quê? Mostrando seus corpos esculpidos e suas mentes e almas vazias? Gerando conflitos fúteis que serão imitados por nossa geração que se acostumou a copiar da mídia seus ideais de vida e resolução de conflitos? Mostrando o que há de mais podre no espírito humano produzido pelo pecado? (perdoem-me a palavra pecado, ela não é muito bem quista, eu sei...). Desmantelar valores cultivados e transmitidos zelosamente nos últimos milênios pela sabedoria? Mostrar atitudes e palavras arrogantes de quem se acha melhor que auqlquer ser humano na face da Terra só porque tem alguns dias de fama diante da telinha? Serão vários meses ouvindo nas ruas da cidades, nos corredores do trabalho e nas rodas de amigos os comportamentos e atitudes deste grupo de pessoas que não representa nem de longe os altos ideais humanos.
Por outro lado, presenciamos nos noticiários a triste realidade pela qual estão sofrendo diversas cidades e estados brasileiros: caos provocados pelas chuvas da estação, que tem sido cada vez mais constantes... Situações que trazem uma necessidade de reflexão e ação. Reflexão acerca do que estamos fazendo com a nossa Casa-Terra, com o descaso das autoridades que constituímos, da despreocupação com o ser humano... Ação no sentido de consolar, confortar e ajudar ao máximo estas vítimas do caos, material e espiritualmente.
Parece coincidência, acaso, não sei... Mas é estranho como no início de cada ano estas coisas nos acontecem... Lembro-me do ano passado, quando estive presente na enchente de São luiz do Paraitinga, fato que marcou minha vida, e ao mesmo tempo o terremoto no Haiti... E na Grande Telinha Global, Big Brother Brasil, dividindo espaço com tais tragédias...
Sabe, não gostaria de me acostumar com esta situação, mas já estou ficando... Ah, sem esquecer dos preparativos para o carnaval, mais um pouco de tragédia humana, que diverte a tantos em seus dias mas desgraçam a longo prazo a vida de muita gente...
É, sinto um nó na garganta, um aperto no peito, uma vontade louca de gritar contra tudo isso, mas tudo que consigo fazer é escrever, e nas minhas letras gritar... ONDE ESTÃO OS PROFETAS DE NOSSO TEMPO, ONDE ESTÃO AS VOZES QUE CLAMAM NO DESERTO, ONDE ESTOU QUE NADA FAÇO... MEU DEUS, TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ciclos: para um feliz 2011


É interessante observar o mundo ao nosso redor e ver que ele é feito de ciclos, e são muitos e bem variados... Um deles é o ano: sempre ao final de cada ano olhamos para os 360 e poucos dias que se passaram, fazemos uma retrospectiva reflexiva e esperamos o melhor para o próximo ciclo (ano)...
Às vezes temos expectativas que as coisas melhorem, os mais supersticiosos cumprem rituais cada vez mais esquisitos para garantir que as coisas aconteçam do jeito que querem... Os religiosos buscam na oração direção e bons dias para o ano vindouro... Os céticos apenas esperam que as coisas aconteçam...
Ao virar deste ciclo cada um gosta de deixar sua dica para um ano melhor, então aqui vai a minha: coloque-se no centro da vontade e dos propósitos de Deus, submeta-se a Ele e faça como se tudo dependesse de você e ore como se tudo dependesse Dele, enfim, "agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará" (Sl 37.4s).
Então, ore, aja, faça e aconteça em 2011!
Não espere um ano melhor, procure ser melhor no ano que se inicia!
Feliz 2011 a todos!
Shalom!
Graça e paz!